Foto: Aliança Feminismo Popular em apoio a Cozinha Comunitária da Azenha - Porto Alegre / RS.
Sem políticas públicas de enfrentamento à insegurança alimentar e de garantia da soberania alimentar, hoje, mais de 19 milhões de pessoas passam fome no Brasil. Em contrapartida, os movimentos sociais vem ocupando a lacuna deixada pela inação do Estado mobilizando ações para que não falte alimentos na mesa das famílias.
São redes de solidariedade de classe que vão além do plantio, da produção de alimentos até à distribuição nos diversos territórios rurais e urbanos. Solidariedade de mão dupla, porque esses alimentos são em sua maioria doados ou comprados de trabalhadores do campo, organizados nos movimentos sociais camponeses, que dessa forma recebem um valor justo pelo alimento que produzem. Com a aliança camponesa e operária cortam intermediários e fortalecem as resistências no campo e na cidade.
Nesse sentido, a Aliança Feminismo Popular, articulação formada a partir da união de movimentos e organizações sociais, busca fortalecer o debate sobre a conjuntura excludente e desigual em que vivemos, potencializando ações de solidariedade com mulheres da periferia urbana de Porto Alegre.
Seguimos sendo solidárias e lutando em defesa da soberania alimentar, da agroecologia, pela taxação das riquezas, do SUS e das políticas públicas de proteção social para todas as pessoas.
Hoje nos juntamos aos movimentos do mundo inteiro mobilizados pela Soberania Alimentar e Contra as Transnacionais para reafirmar: quem tem FOME tem PRESSA!