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Notícia: Julho das Pretas e as ações de Solidariedade

A Aliança Feminismo Popular (AFP), junto com o SINDIPETRO/RS, organizaram uma ação de solidariedade no último sábado (17/07), em que entregaram alimentos e produtos de higiene básicos para as mulheres do Morro da Cruz, em Porto Alegre (RS). A organização e aquisição das cestas se deu por meio da auto-organização dos trabalhadores e das trabalhadoras petroleiras, que uniram esforços no combate à fome, que se intensificou desde o início da pandemia do COVID-19.


A integrante da AFP, Gabriela Cunha, contou que "ações de solidariedade como essa são parte de uma construção ampla, solidária e contínua entre a diversidade das mulheres urbanas e do campo que se encontram na Aliança Feminismo Popular, na construção de condições dignas e permanentes de acesso a alimento de verdade, a gás de cozinha a preço justo, a saneamento básico, dentre outros itens e serviços do direito humano fundamental."


O coletivo de mulheres Mãos Unidas, (que está à frente da organização da Horta Comunitária com a AFP) do Morro da Cruz, recebeu algumas das cestas básicas, numa ação solidária que nos mostra a força e a potência que é a auto-organização das mulheres nos territórios juntamente com o reforço das parcerias e alianças. Para Marli Rodrigues, uma das representantes do coletivo, esta união é o que o povo precisa para seguir mobilizado e construindo o bem viver em conjunto.



Para além de apenas uma doação, esta ação de solidariedade se dá através da articulação de movimentos e grupos que defendem a vida, a soberania alimentar dos povos, a vacina no braço e a comida no prato.


Sabemos que a construção é desafiadora e lenta, mas é na organização coletiva e na visibilidade das histórias de luta de cada uma dessas mulheres, onde a maioria são mulheres negras, filhas de mulheres negras que carregam a luta das suas ancestrais em seus corpos, que resistem e constroem outros modos de bem viver.


O coletivo de Mulheres Mãos Unidas do Morro da Cruz junto com a Aliança Feminismo Popular tem mostrado que a força e a auto-organização das mulheres nos territórios é fundamental para enfrentar o sistema patriarcal, capitalista e racista onde vivemos.


Esta atividade faz parte das agendas de debates, formações, rodas de conversas e ações de solidariedade para o Julho das Pretas, que são ações de visibilidade e convergência no debate sobre o racismo e de como nossas lutas estão conectadas com várias outras lutas que nós travamos em homenagem ao dia 25 de julho.


O dia 25 de julho é o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, A data é um marco na luta contra o racismo e uma oportunidade para trazer este tema à tona, pois os dados sobre violência e desigualdade demonstram a realidade que atinge massivamente a população negra, principalmente mulheres, incluídas as transsexuais.

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