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Sugestão: A luta pela soberania alimentar é a luta pela vida

Perla Álvarez, da CLOC-Via Campesina, escreve sobre a soberania alimentar como resistência e prática dos movimentos camponeses e indígenas


Quando ouvimos falar sobre agronegócio entre os setores populares organizados e não organizados do Paraguai, pensamos imediatamente em “sojeiro”, “brasileiro”, “menonita”¹. Por quê? Desde quando essas palavras aparecem no nosso entorno? Do que realmente estamos falando quando as usamos? Vamos analisar a palavra “agronegócio”: negócio do agro, negócio da terra… aqui está o segredo. Essa palavra comporta um conceito de terra diferente daquele que temos nós, camponesas, camponeses e povos indígenas.


Geralmente, a terra é tratada como uma mercadoria, um produto que se compra e se vende e, além disso, gera lucro. A terra (o agro) é explorada comercialmente. Já não é vista como “tekoá”, já não é o “lugar de onde somos”, “o lugar onde vivemos, produzimos e nos reproduzimos”, “o lugar onde desenvolvemos nosso ser”, “o lugar de onde somos e temos nossa cultura”.


Para o agronegócio, a terra é negociável, medida em uniformidade, não em diversidade. Em toneladas de grãos e não em sementes. Em produtividade e não em inocuidade. Em dólares e não em vida. Em curvas de nível e não em espécies de árvores e pássaros que desaparecem.


O agronegócio é a exploração capitalista da terra, colocando nela tudo que pode gerar lucro e acumular riquezas em tempo recorde. Para isso, a terra é submetida a um tratamento “inumano”. Inumano? A terra não é humana. Diga você se há humanidade na fertilização artificial, na lavragem constante do solo com maquinário pesado, nas constantes fumigações com venenos, na falta de descanso e na mesma rotina o tempo todo.


Leia a matéria completa da Perla Álvarez no site da Capire.


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